Onde estão os defensores do Estado mínimo, da não intervenção estatal, da mão invisível que controla o mercado?
O fundamento do sistema ruiu, porque o Estado - segundo os liberalistas, o monstro que impede o mercado de ser inteiramente livre e resolver todos os problemas do mundo - tem sido usado para salvar as instituições financeiras. Ou seja, o Estado não deve gastar com saúde, educação, subsídios para a agricultura etc., mas deve injetar grana - dinheiro público, dinheiro dos cidadãos - em bancos.
Não é de hoje que o Estado serve aos mais fortes, nem foi agora que o sistema falhou; ele já nasceu falido, tendo em vista que há séculos a riqueza de poucos se faz com a miséria de muitos. A obesidade de alguns corresponde à inanição de outros. Mesmo assim ele é o sistema triunfante para alguns.
Não vou entrar no mérito dos empréstimos como medida de urgência. Desejo apenas registrar a queda, cujo ícone é a ocupação de Wall Street.
Em 2008 os EUA injetaram grana nos bancos; agora é a vez da União Europeia.
Viva a solidariedade com os bancos, porque deles dependemos! Os cidadãos agora são acionistas compulsórios das instituições financeiras que lhes vendem crédito com juros extorsivos e lucram bilhões. Desta forma, o lucro é repartido com os proprietários do negócio e o risco, custeado pelo contribuinte, pelo povo.
Abaixo, link para a Folha de São Paulo, onde se explica o "socorro aos bancos". Ressalto, porém, que é uma tremenda mentira o discurso de salvar a Grécia. Não, a Grécia não é a culpada da crise; acreditar nisso é transformar uma das vítimas em algoz.
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