Aguardo
ansiosamente a chegada dos meus exemplares autografados
do
livro “Rastros
de Resistência: Histórias de Luta e Liberdade do Povo Negro",
do Ale Santos (@savagefiction). Sim,
exemplares no plural, pois apoiei o projeto (kickante/pandabooks)
e vou receber mais de um exemplar, e
com autógrafo do autor! Acompanho
há anos o incrível trabalho dele
no Twitter, onde
o autor publica sequências maravilhosas sobre História(s). Agora
virou livro!
"Foram necessários 276 caracteres para que o autor de ficção científica Ale Santos, morador de Guaratinguetá (SP), saísse do anonimato e angariasse uma multidão seguidores no Twitter.
Quando ele escreveu uma thread (sequência de mensagens) sobre o Holocausto no Congo promovido pelo rei belga Leopoldo II (estima-se que tenham sido 10 milhões de mortos entre o final do século 19 e o início do 20), ganhou visibilidade por trazer à tona um fato histórico desconhecido por grande parte das pessoas. Só o primeiro tuíte teve 1 milhão de visualizações.
Ele repetiu a estratégia de divulgação para outras tantas narrativas que haviam sido apagadas, crimes que foram acobertados e conquistas de heróis e heroínas esquecidos pela historiografia oficial. O trabalho de pesquisa rendeu a Santos (ou @savagefiction) espaço como colunista em diversos portais e a oportunidade de lançar um livro, neste semestre, detalhando algumas dessas narrativas.”[1]
"Foram necessários 276 caracteres para que o autor de ficção científica Ale Santos, morador de Guaratinguetá (SP), saísse do anonimato e angariasse uma multidão seguidores no Twitter.
Quando ele escreveu uma thread (sequência de mensagens) sobre o Holocausto no Congo promovido pelo rei belga Leopoldo II (estima-se que tenham sido 10 milhões de mortos entre o final do século 19 e o início do 20), ganhou visibilidade por trazer à tona um fato histórico desconhecido por grande parte das pessoas. Só o primeiro tuíte teve 1 milhão de visualizações.
Ele repetiu a estratégia de divulgação para outras tantas narrativas que haviam sido apagadas, crimes que foram acobertados e conquistas de heróis e heroínas esquecidos pela historiografia oficial. O trabalho de pesquisa rendeu a Santos (ou @savagefiction) espaço como colunista em diversos portais e a oportunidade de lançar um livro, neste semestre, detalhando algumas dessas narrativas.”[1]
Vale
muito a pena acompanhar o trabalho do Ale Santos nas
redes sociais, na mídia, em livros - onde quer que ele apareça! Lúcido,
consciente, objetivo, original, realista (a lista de adjetivos é
longa...), o escritor diz o que tem que dizer, resgatando histórias
e personagens com "sangue retinto e pisado/ atrás do herói
emoldurado".
Seguindo
na bela poesia do samba-enredo de 2019 da G.R.E.S Estação Primeira
de Mangueira, vejo no trabalho do Ale Santos os versos:
"Brasil,
meu nego
Deixa
eu te contar
A
história que a história não conta
O
avesso do mesmo lugar
Na
luta é que a gente se encontra".
E
nas palavras do próprio autor:
“Ser escritor negro é um ato político no Brasil, porque a gente acaba provocando discussões e desconstruindo estereótipos que são constantemente reforçados e atualizados há 400 anos.”[2]
Esse texto é só uma pequena homenagem a esse grande escritor brasileiro. Para conhecê-lo, sugiro que vocês sigam e leiam o Ale Santos, e deixem que as palavras dele contem tudo que ele é e representa.
____________________________
Notas
e referências:
[1]
e [2]: Trechos da reportagem e entrevista publicadas em
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2019/04/e-necessario-trazer-olhares-negros-e-indigenas-para-a-historia-do-brasil-defende-escritor-ale-santos-cjux0hicn011v01p7nj6i8noq.html
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